O carnaval e o lança perfume
A história do carnaval
A história do carnaval remonta às civilizações da antiguidade. Podiam ser festivais como Sacéias, ou mesmo comemorações como a do ano novo da Mesopotâmia na Bbilônia, a Saturnália e a Lupercália em Roma.
A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média e da Idade Moderna: inversão total da ordem; o prisioneiro assumia o papel de rei, e este por sua vez, era humilhado frente ao seu deus. Era muito comum também homens se vestirem de mulher, prática que existe até os dias atuais.
A igreja Católica buscou ressignificar as festividades pagãs, dando um senso cristão aos excessos cometidos durante esse período, que passou a acontecer antes da Quaresma.
Com o fortalecimento da igreja católica, e de seu poder, entregar-se aos prazeres nestas festas não eram vistas com bons olhos, e na concepção do cristianismo, a inversão das posições sociais, não era aceita.
Foi então que durante a Alta Idade Média, a Igreja Católica, deu ao carnaval um senso mais cristão, instituindo o período da Quaresma, e o jejum designado em latim “carnis levale” (origem da palavra carnaval), que significa“ retirar a carne”
A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa. O Carnaval estendia-se durante várias semanas, entre o Natal e a Páscoa.
O Carnaval medieval era marcado por festas, banquetes e muitas brincadeiras. Por volta do século XI, jovens se fantasiavam de mulher, e saíam às ruas para brincar, entravam nas casas, fartavam-se com comidas e bebidas, e roubavam beijos das jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.
Era comum na Itália renascentista a realização de bailes de máscara durante o Carnaval.