A história do perfume - Parte 3

A história do perfume - Parte 3
by : Roberto D'Angelo

Registros históricos afirmam que a Babilônia queimava 26 mil quilos de incenso por ano para acalmar a fúria dos deuses. Acreditando que os aromatizantes garantiam a eternidade do corpo e do espírito, os antigos egípcios usavam essências perfumadas no ritual de embalsamamento.

Testemunhos das primeiras profanações dos túmulos dos faraós afirmam que os ladrões procuravam as essências utilizadas na mumificação, fazendo pouco caso das joias e objetos de ouro

Os egípcios preparavam uma mistura com benjoim, galbano e mirra misturados com azeite de oliva para ser queimada em rituais. Esta mesma composição teria sido usada pelos hebreus e relatada na Bíblia, no livro Êxodo - Cap.30, V. 1 e 7: "Farás também um altar para queimar os perfumes; e Aarão queimará sobre ele um incenso de suave perfume."

Os gregos foram grandes perfumistas, se valendo das essências de plantas aromáticas tanto para o prazer, como para cuidar de doenças. Com os imperadores romanos o uso dos perfumes cresceu. Um fato curioso na história de Roma conta que o cavalo de Calígula era banhado todos os dias com água perfumada.

Os sacerdotes romanos reforçavam seus pedidos aos deuses enviando aos céus uma fumaça odorizada, ou "per fumum". Os arqueólogos encontraram nas grutas de Qumram, no mar morto, 50 mililitros de um líquido oleoso e avermelhado bem guardado em um frasco de argila da época do Rei Herodes. Trata-se do único vestígio concreto do perfume que encantava os imperadores romanos.

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