Incenso
O incenso quando queima, produz uma fumaça mística e branca que sobe lentamente em direção ao céu, nas civilizações da antiguidade era queimado para honrar os deuses. O rasto profundo e denso, está gravado na memória da humanidade.
Facilmente obtido há milênios, uma simples incisão na casca da árvore libera a resina, depois de seca petrifica tornando a sua aparência preciosa.
Nas mais diversas formas, o incenso foi, e continua sendo usado em cerimônias religiosas, no turíbulo da missa católica (a partir do século IV, passou a ser utilizado nas liturgias cristãs) ou nos rituais do candomblé têm a mesma função; chegar até os céus. Intimamente ligado ao sagrado e à espiritualidade, faz parte da vida das pessoas desde os tempos imemoriais. A Bíblia está repleta citações, a mais famosa é no nascimento do menino Jesus que ganha como presente dos reis Magos incenso, mirra e ouro.
Os egípcios usavam em misturas complexas para muitas finalidades. Na Europa do século XVII, eram colocadas nas pommadeurs de ouro e prata, para proteção contra o mal cheiro considerado prejudicial à saúde.
O incenso é muito versátil pois permite que outras notas brilhem. variam de acordo com os modos de extração; a essência, absoluta, resinóide, oleorresina, tornam as notas cítricas mais tenazes, as florais mais estaladiças, e a de baunilha menos pesada.
O incenso exala um frescor no topo da fragrância, e ao mesmo tempo, um aspecto resinoso muito puro encontrado no corpo da fragrância. Todos temos gravado em nossa memória olfativa a intensidade do incenso, porque se comunica diretamente com a alma.
A perfumaria de nicho elevou o incenso à uma nova dimensão, não mais apenas para seduzir, mas para torná-la grandiosa.